quinta-feira, 3 de julho de 2014

Um dia você vai estar sozinha, vai fechar os olhos e tudo ficará escuro. Os números da sua agenda passarão claramente em sua frente e você não terá nenhum pra discar.
Sua boca vai cair tentando chamar alguém, mas não há ninguém solidário o bastante para sair correndo imediatamente e te dar um abraço, nem te colocar no colo ou acariciar seus cabelos até que o mundo pare de girar. E nessa fração de segundos, quando seus pés se perderem do chão, você vai lembrar da minha ternura e do meu sorriso infantil.
Virão súbitas e gostosas memórias dos meus abraços e beijos, da minha preocupação, e só vai ter algumas músicas se repetindo no rádio: as nossas.
Em um novo momento você vai sentir um aperto no peito, uma pausa na respiração e vai torcer bem forte para termos nosso mundinho delicioso apenas mais uma vez. O nome disso é saudade, aquilo que eu tinha tanto e te falava sempre.
E quando você finalmente resolver discar o meu número, ele estará ocupado, ou nem será mais o mesmo, ou pode ser até que eu nem queira mais te atender. E se você bater na minha porta estará trancada, pode até estar aberta, mas lhe mostrará uma coisa vazia.
Seus olhos te ensinarão o que são lágrimas, aquelas que eu disse que ardiam tanto. O nome do enjôo que irá sentir se chama arrependimento, e a falta de fome que virá é a tristeza.
Então quando os dias passarem, e eu não te ligar quando nada de bom te acontecer e ninguém mais te olhar com meus olhos encantados..Você encontrará a famosa solidão.
A partir daí, o que acontecerá chama-se surpresa. E provavelmente o único remédio para todas essas sensações acima..
é o tal do tempo em que você tanto falava.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Meias linhas de um amor torto

Amor,
doar o que tem,
ir até o além,
não estar mais só.
o passado não mais valer,
o presente ser só com você,
querer o futuro sempre com nós.
Nós,
a incerteza,
o calor, o frio.
o querer, poder,
sentir, amar, desejar,
só, nós.
Um pro outro,
Um do outro.
A certeza do presente,
o presente que nos contêm.
Te querer bem, te sentir bem,
fazer bem, tentar, sempre o bem.
Te querer perto, te querer sempre,
apenas, te querer.
Mas não,
apenas não,
te sentir distante,
te sentir não mais meu,
te sentir cansado,
cansado do eu,
do nosso nós.
Meu maior medo é,
te perder, talvez,
não mais encontrar.
Cair na rotina,
não mais amar,
parar de querer,
de sonhar, só, cansar.
Cansar um do outro,
cansar da saudade,
não sentir mais saudade,
cansar da presença,
se irritar com as manias,
não mais amar,
toda a intensidade acabar,
o frio na barriga passar,
escrever eu te amo só pra agradar
amar por amar.
Esse é o meu medo,
medo de tudo isso acabar.
Tudo isso, todo o nós.
Sonhar é,
não dormir,
é querer você,
é abrir o olho e te imaginar,
fechar e te sentir.
Imaginar nós dois,
a sós.
Amor é,
olhar e sorrir,
dividir uma lua,
criar uma coruja,
cantar uma canção,
deixar as magoas no colchão,
entregar o coração.
Brigar, brigar e voltar
voltar mais ligados,
brigar apenas pra voltar.
Saudade é,
o resumo de um coração apaixonado,
o começo de uma intensidade sem tamanho,
um coração entregue, um alguém,
longe, mas perto.
Amor mais paixão,
saudade mais vontade
eu mais você.
Você, mas eu?
sou carinho,
preocupação,
compaixão,
irritação.
Correr atras,
puxar papo,
amar um sorriso,
sorrir por uma foto.
Chorar por um choro,
querer secar uma lágrima,
sentir um abraço,
imaginar um beijo.
Querer um cheiro,
imaginar dois corpos,
sentir o toque,
imaginar um sexo.
Tesão,
paixão,
lágrima,
amor, será?
Amor em sangue, paixão em gozo,
prazer em dobro.
Sigo o som da tua voz,
o rastro da lua,
a estrela teu olhar,
o mar teu sorriso.
Meu coração já é teu,
minha vontade é tua,
meu sorriso é seu,
me diz, como ter mais eu?
Como cabe tanto eu em ti?
cabe, todo meu eu em você?
Tu aguenta minha intensidade?
Minha cisma, meu dengo, minhas manias,
meus desejos, minhas risadas, minhas brigas,
minhas crises, minhas insistências, tu aguenta?
Se não aguentar, acho que já não tenho mais lugar.
Já me dei, me doei, me entreguei,
meu coração já se abriga em ti,
minha mente só te encontra,
minha alma vai atras da tua,
será esse meu lar?
Me abrigou?
Te abriguei no meu olhar.
Olha, não era pra falar,
esse era um segredo que eu tinha que guardar,
mas sabe, quando não tem como aguentar?
Então, vou ter que dizer
que meu bem,
eu amo você!
Meias linhas de um amor torto,
meias palavras de um coração entregue,
palavras sem sentido, letras jogadas.
Vem cá, vem sorrir pra mim.
Namoro, nosso amor, a tal da paixão.
Vem sussurrar que o nosso amor não tem hora pra acabar.
Me beija, me puxa, me tenha,
vontade, agilidade, necessidade.
Tesão, excitação, intimidade.
tira a blusa, a roupa,
pele com pele, amor a dois,
dois em um, amor a sós.
Me transborda, me contenha
me enche de dengo, me enche de tesão.
Só me promete, que é de coração?
Casa comigo, vive comigo,
me procura pra ser, me tenha com você,
te levo comigo, ei, me leva com você?

 |Erika Bastos

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Eu não sei quem tu és.

Eu não sei quem tu és, mal sei que tu quer, nunca consigo te ler, quem  me dera te esquecer. Só te quero pra mim, até o amanhecer. Abusar do teu corpo é a minha vontade, saudade. Tua pele tem cheiro de cigarro. Naquela tarde fria, te senti tão na minha. Naquela manhã quente, já estava você lá, de repente, me dizendo que não eras nada, muito menos, presente. Por ti viro clichê, viro amor, viro romance. Por ti, viro até pão de leite. Te quero hoje,  amanhã e sempre. Esse clichê te preenche? Lhe escrevo tortamente e diferente, só pra lhe provar, que o meu amor está presente. Aqui, ali, talvez, até,  no consciente. Eu não sei quem tu és. Eu sou apenas mais uma na multidão que pensa em ter nas mãos. Não sou unica, não serei sua, não sou nem minha. Mas lhe quero, de noitinha, sussurrando "vem ser só minha". Lembro de ontem, quando eu cantei baixinho "Eu gosto de você e gosto de ficar com você". Você sorriu e se afastou, percebeu que nessa hora começou, e quem diria, que era amor? Lhe escrevo esse tal texto, lhe provando que não sei poemar, e muito menos deixar de te amar. Se um dia eu desistir de te cutucar, desvendar, promete não me odiar?  Mal sei que tu quer, só sei que me levou, me reescreveu, me transformou em nada daquilo que era, sua caneta me riscou, meu batom vermelho é o meu próprio sangue, a blusinha curta virou minha camisa de força. Ando de bar em bar, te procurando em cada poça. Não fumo, não bebo, não quero. Fumei, bebi, lhe quis. Não sou, não vou, não ouço. Fui, ouvi, lhe quis. Não sei quem tu és, mal sei que tu quer. Liguei o rádio e dirigi, escutei aquela musica, sorri. Vi o farol, escutei o barulho, pisei no freio, bati, vi você, sorri. A noite linda, continuava. Você em meus sonhos e então, nada mudava. Olhei pela janela com um pressentimento, sussurrei ao vento quero te conhecer, me diz agora, quem é você?

|Erika Bastos

domingo, 14 de outubro de 2012

Brincando de ser poeta

Gostar de escrever é um saco, você se cobra, se desdobra. Quer rimar as poesias, escrever sua vida, prender palavras, gastar a tinta em uma folha tão branquinha. Quer voar em mares, conhecer lugares, apenas com algumas pontas de lápis. Quer acabar com a angustia, mas se prende no amor. Finge ser poeta, da pinta de escritor, chora com a novela e não para de sentir dor. Mas, mesmo assim gosta de se prender na literatura, gosta mais ainda quando elogiam sua caligrafia. Escrever é se encontrar na esquina que você se perde, é ter o prazer de contar o que lhe aborrece, é comprar um café e escrever um versinho no guardanapo pro cara que ta comendo, ali do seu lado. Afinal, o que seria do amor sem um escritor?

|Erika Bastos

Uma tarde de domingo

Uma tarde de domingo e uma xícara de café,
Uma música, um livro, uma lembrança.
Uma tarde de domingo e uma folha em branco,
Um olhar, um sorriso, um toque.
Uma tarde de domingo e o meu amor voando,
Um beijo, uma saudade, um adeus.
Uma tarde de domingo e estou te perdendo,
Uma flor, um cheiro, um nome.
Uma tarde de domingo e está chovendo,
Uma alma, dois corpos, um nós.
Uma tarde de domingo e estou chorando,
Sem você, aqui, não da mais.
Uma tarde de domingo e uma vontade,
Te abraçar, bem forte, esquecendo tudo, enfim.
Uma tarde de domingo e um frio enorme,
E aqui estou, logo eu, prolongando o fim.
Uma tarde de domingo e estou escrevendo,
Me lembro de ti do mesmo jeito, do amanhecer até quando me deito.
Uma tarde de domingo e estou acordando,
Já acabou, eu sei, mas das nossas lembranças, eu sou refém.
Uma tarde de domingo e estou partindo,
Sei que não me quer, então, estou indo.
Uma tarde de domingo e você,
Que sempre me deixou tão solta…
Uma tarde de domingo e eu,
Que sempre lhe quis tão perto…
Uma tarde de domingo e o café acabou,
Junto com a nossa história que mal começou.

|Erika Bastos

domingo, 2 de setembro de 2012

A poesia

"- Entre se quiser, está nevando. Talvez teremos o que procura.- Disse surgindo do escuro, vendo a sombra de alguém na porta, hesitante.
- Não sei devo, talvez não seja realmente necessário. - Ao dizer sua voz tremia, de algo temia.
- Como quiser. - Caminhei lentamente para o fundo da loja novamente. - Já que é assim, estamos fechados. Volte amanhã.
-Ãhn, é.. Eu, - Desistindo de falar, ouço o sino da porta bater.
Ele se foi, atravessou a rua atordoado e meus olhos o seguiram o máximo possível. Ele se foi, o forte cheiro de lírios continuou pairando no ar.
- Ele voltará. - Disse uma voz que saiu da minha boca, mas não a reconheci como minha.
Na manhã seguinte, como previsto, o sino anucia a entrada de alguém. Levanto os olhos do meu livro e observo um homem alto, timido, lindo.
- Voltei, e procuro seu amor, este está a venda nas prateleiras? Gostaria também do brilho dos seus olhos, seu olhar negro me encarando tira-me o ar. Pare de me olhar como se fosse louco - Se aproxima e para na minha frente - Você me conhece e eu te conheço. Talvez não lembre de mim, também não lembraria. Pense um pouco melhor. - O cheiro de lírios tomou o ar novamente e uma forte rajada de vento balançou meus cabelos.
Levantei e fui fechar as janelas, tentando lembrar onde o conhecia. Lírios, tic tac, lírios, tic tac, lírios, tic tac, lírios, tic tac, lí..."

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA - Um forte grito rasgou minha garganta. Levanto a cabeça e nada mais vejo, a não ser meu bloco de notas e minha caneta sendo esmagada pelos meus dedos trêmulos.
Atordoada, lembranças invadem minha mente "Um beijo, um abraço, um mar violento e agitado, uma noite, um sexo, uma bebida, um medo, uma lua, uma gargalhada, um grito, uma morte e uma voz ecoando em sua mente: Pense um pouco melhor"
Era noite de lua cheia, talvez a mais linda do ano. Corria sem destino, talvez quisesse agora alcançar a lua, fugir dali, encontrar uma dimensão onde estivesse segura. As assombrações voltaram e o medo ressurgiu junto com toda a culpa que sentirá, matará duas pessoas, deixaste uma vida se afogar e perdera a sua lamentando-se. Mataste tua alma no momento em que se culpasse. Havia tido alta a apenas duas semanas... Duas semanas e tinha uma nova vida, duas semanas e uma nova memória, duas horas tudo destruído. Perdida em um mundo dela, sentou-se na areia. E ali, sentada observando o vai e vem da onda, pegou seu bloco de notas e sua caneta preta, a mesma que sempre usará. E encontrou novamente o menino, ali sendo escrito com caligrafia corrida, estava sorrindo para ela, e mais uma vez, saiu de si, atravessou outra dimensão e percebeu que estava perdida. Sua alma se afogará na imensidão do papel branco e mais nada lhe tiraria dali.
Horas depois, encontraram-na desmaiada na areia, internaram-lhe novamente. Semanas se passaram, e nenhuma melhora, nenhum sinal de racionalidade.
Dois de setembro de mil novecentos e setenta e cinco, fazia sol, e deitada no divã estava perdida novamente em sua imaginação.. Após o término de sua consulta, escutou seu médico falando com umas das enfermeiras "Essa menina se perdeu, se perdeu na imaginação, tudo o que vê, ouve e até sente, é apenas fruto de um coração partido e uma mente livre..." Fechou a porta, e sorriu forte, satisfeita em saber que casará com a literatura, nada mudaria o fato de ser livre diante de seus pensamentos, que morasse neles, e com medo ficava sempre que tentavam entender sua mente, se um dia descobrissem seus segredos, jamais seria livre novamente.
Com a poesia se sentia em casa, pois nela meu bem, o sentido é supérfluo. E se quiseres, puxe um banco e sente-se para escutar, ou pegue-a pela mão, e voa para algum lugar. Sentou-se na cama, pegou seu bloquinho e uma caneta, e novamente viajou em suas memórias. "Alguém sentou-se ao meu lado, e novamente o ar estava cheirando a lírios..."

|Erika Bastos

terça-feira, 24 de julho de 2012

Não corra.

Lave o rosto com algumas lágrimas mal choradas, sonhe alguns desejos não compridos e ande como se a trajetória não chegasse ao fim. Dance a morte, viva o amor, e voe, voe para longe mas que sempre fique perto. Não tenha medo dos pontos finais, não são tão ruins assim. Ensine sua dança, pegue seu par, a contagem regressiva está apenas começando.

|Erika Bastos

segunda-feira, 25 de junho de 2012

E assim morra, digo, ame.

Amar é doar-se, quanto mais mortos deixamos os sentimentos, mais vivo e vazio estamos. E quem conseguiria viver assim, perdido no abismo que é um coração sem fim? Ame, ame e dance, ame e voe, ame e morra, vá para onde o tempo não manda. Abra a mente, desligue a luz e traga teus sonhos, sinto o cheiro do teu medo. Lhe ensinarei a dança da morte.

|Erika Bastos

domingo, 20 de maio de 2012

Para sempre.

"Conheci um lindo viajante,
viajante pela dor,
e até quem diria, pelo confuso amor.

Eu conheci um anjo sem asas, uma chama na brasa.
Sentia que era o melhor que havia,
talvez mais uma ironia vivida.

Era meu, será? Só meu,
e quem diria que um dia,
eu deixaria de viver nesse breu?

Engraçado como teu sorriso de canto tirava-me o ar,
como seu jeito me fazia voar,
e entao partiu sem me levar.

Quando quiser voltar,
quando a felicidade faltar,
estarei aqui com sorrisos guardados pra lhe entregar.

Não é loucura pela dor, é loucura por amor.
Estarei aqui quando todos te perderem, talvez esquecerem...
Estarei aqui cumprindo uma promessa, se lembra dessa?

Segurarei teu mundo quando as forças perder,
estarei contigo até quando me esquecer,
o teu sentimento forte me fez crescer, agora, venha comigo viver.

Estou presa aqui, como se tivesse te perdido
Me disseram que você voltou,
mas bem quando meu horario de visita acabou.

Os lençóis são finos e sinto falta dos seus cochichos,
os remedios são fortes, cadê você?
Me abraça, bem forte.

Loucura? Me prometa que me lembrará de te amar mesmo quando eu dizer que ja chega.
Lembrarei de ti, mesmo quando tudo ir
Sonhei que me deixou, ainda está aqui meu beija flor?"
Baixinho lhe sussurava - Estou aqui meu amor, sempre estive.

|Erika Bastos

terça-feira, 17 de abril de 2012

Porque demorastes tanto?

Estou a lhe escrever aos prantos, quase não contendo a vontade de sair a tua procura. Lucas, deixastes muitas perguntas, gostaria de saber as respostas, acaba hoje a ultima chance de um nós, e está será minha ultima carta em vida. Quando estiver lendo, olhe para o céu, estarei a lhe observar como sempre fizera. Conhece essa citação? “As palavras são só palavras, e nunca ouvi dizer que em um coração magoado fosse possível se penetrar pelo ouvido.” — Khaled Hosseini, Conseguimos provar o contrario, não é mesmo? Com o nosso amor em palavras, o carinho entre poesias, nós conseguimos tocar até a lua e a sua corrida caligrafia me tocou. Não lhe contei, tinha a esperença de que realmente nos veriamos, mas o destino nunca foi meu amigo e me levou para longe dos teus mimos. Estivera esse tempo todo com os meus dias contados, minha hora finalmente chegou. Sim, digo sim a tua pergunto, eu sou sua, sempre irei pertencer ao meu unico mar, com o bate e volta intenso, ainda sinto o teu cheiro, feito um incenso na briza do ar.
Meu coração lhe abrigou e estou sentindo uma ponta de saudade, saudade de não viver mais isso, de não passar tardes olhando a janela na esperança de que tu chegasse e jogasse pedrinhas, estou arrependida de não ter lhe esperado perto da garrafa, quem sabe haveria uma troca de amores? Mas lhe garanto que parto com o coração limpo, parto com amor. Me promete? Promete nunca me esquecer? Promete que sempre lembrará que eu amei você? Estou transpirando amor, chorando amor e agora, estou morrendo amor. Não tenho a intenção de lhe atrapalhar, siga tua história, mas eu nunca lhe abandonarei, essa era a minha sina, ser a tua pequena distinta. Em noites de Lua cheia, sou eu lhe dando um presente, serei eu lhe enchendo de carinho, mas sempre que a mesma partir, é apenas mais um motivo para sentir saudade de uma curiosa. Estava sentindo o fim? Como sabia meu pequeno? Como sabia que algo estava errado? Como sabia que aquele seria um beijo de despedida? Que por ironia eu o senti, e apenas sorri deixando a briza bater em meu corpo e voar meus cabelos. Senti um formigamento maior ao ler estas palavras, estais ai? Venha me tirar desse pesadelo, não me deixe partir sem você, me pegue no colo, me encha de mimos, Lucas arranque esse medo do meu peito, promete segurar minha mão? As lágrimas insistem em cair, esse é meu ultimo mar de choros, minha ultima contribuição para a linda tristeza, sempre a tive como uma timida dama esperando seu cavalheiro enxugar suas lágrimas e lhe aninhar em seus braços, talvez tenha encontrado o meu, mas o futuro fez com que o perdesse no meio do caminho. Minha pele clama pela tua, meu olhar procura o seu, meu sorriso estava a sua procura. Deixo nessa carta, minhas ultimas promessas, e lhe prometo eterno carinho, agora serei o teu anjo da guarda. Eu amo você.
Meu pequeno princípe não perca a tua coroa, estarei sempre a te animar nos dias frios, e quando estiver só, dance com a lua, dance comigo. Mesmo agora que estou sem vida, meus olhos carregam dor, e morrerei só, só com o teu amor. Abri a porta e não te vi, Lucas, quando for dormir, me chama pra sonhar? Sou um livro de rabiscos e esse livro acabou, mas todas as folhas deste foram cheias de amor, um amor que aconteceu rapido, talvez por acaso...
Então boa noite a lua e boa noite á você, ja que és a unica coisa que penso.

Ultimas palavras,
De um amor verdadeiro

- Lucas - abro a porta e grito com toda a minha força - Eu amo você. - Com lágrimas em meus olhos, bato a mesma e escorrego até o chão.




P.S. “Dê-me a honra, rapaz, e segure minha mão quando pular do abismo.
Ensino-te
o ritmo
único
e íntimo
do bater de asas.
Dê-me a honra, menino, e ensino-te a voar.”
— Claudia Calado




|Erika Bastos

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Meu anjo,

Não sabes o tamanho do sorriso que abri ao ler tuas palavras, não imagina o salto que meu coração deu ao ler que pensa em mim, que talvez, ai dentro haja um sentimento forte, e que ele está direcionado a mim, uma perdida no mundo dos poetas. Meu preto, meu amor, meu anjo, meu dengo, venha e me leve contigo, preciso me desligar dessa vida, quero apenas me perder em tua poesia. Eu mudei de casa, gostaria de mudar meu coração, quer dividir um sofá e um cafuné? Meu Lucas, meu, meu e meu, quero sentir o seu cheiro, leio e releio tuas cartas e sinto o peso do seu olhar sob minhas costas, estais aqui meu amor? Meus olhos são pretos, tão pretos que apenas de olha-los sente o enorme peso de minha vida, sente minha intesidade e se arrepende de tentar desvendá-los. Estou sorrindo agora, venha vamos sorrir juntos, não se sinta só, não se perca nesse mundo de sentimentos, meu peito está aqui apenas para te guardar, olha para o céu, as estrelas representam meus sonhos, os traços de nuvens meus sorrisos, não se esqueça de mim, seria um peso muito forte para carregar. Me promete? Promete que nunca irá parar com os seus mimos? Quero seu colo, quero seu cheiro, meu coração está alimentando esperanças nas quais não sei ao certo se valem a pena de uma tarde perdida pensando em você. Me responda Lucas, vale a pena me perder em alguém sem nunca te-lo visto? Ao menos sentido? Tire minhas duvidas com seus beijos. Senti um arrepio pelo meu corpo quando a briza do mar bateu, será você? Me diga que existe, me diga que nada disso foi em vão, me diga que ainda vamos nos abraçar, apenas me diga..

- Lucas, meus sonhos estão se perdendo em pesadelos, meu chá esfriou e meu coração congelou, me derreta meu amor, me derreta.

Palavras confusas,
De uma linda apaixonada


|Erika Bastos

sábado, 7 de abril de 2012

Ponto final

Madrugadas perdidas,
histórias contadas,
segredos partilhados
Sempre assim

E tudo tem seu fim,
seu gelo, seu bloqueio
Passamos de conhecidos
para amigos, enfim,
confidentes e voltamos ao inicio
Assim sempre

Vivemos mundos diferentes,
um abismo entre corpos
Mentes iguais, gerações distantes

Feitos planos,
admirações constantes,
o afastamento é com danos
Fotos nas estantes

Como o mar,
bate e volta intenso
inconsequentemente bom,
seu cheiro no ar
feito incenso

Estou aqui sorrindo
sua foto na estante
ditando o fim,
lembranças constantes
ditando o fim,
por eternos instantes

Com o tchau,
Se eterniza a história com repetições,
para amor, normal amor,
mal amor, paranormal amor.
Com o tchau,
o ponto final
Sempre assim, assim sempre.

|Erika Bastos

domingo, 25 de março de 2012

Minha alma transborda em meus olhos, a saudade bate e a mente voa, queria estar ai, no teu abraço meu pequeno sonhador, aconchego de carinhos nesse colo voador, venha me banhar de sorrisos meu amor.

|Erika Bastos

segunda-feira, 12 de março de 2012

Lucas meu anjo,

Estou com tantas saudades que nem cabe mais em meu peito, esperei por semanas que você me procurasse, mas não houve manifesto de sua parte, sei que fui eu quem não respondeste, mas meu pequeno, estava com medo, medo de que virasse obrigação nos escrevermos, queria apenas que fosse algo espontaneo, como a saudade e a vontade. Estou triste, estou calma, estou solitária, estou com saudades, na verdade, estou encantada. Lhe quero perto, lhe quero bem, quero teu cafuné, teu chá e teu café. Vem meu Lucas, vem e me ame, traga suas asas e seus chocotones. Sonhei esses dias com você, o que se tornou tão comum, estavamos abraçados, observando o vai e vem das ondas, a lua era nossa luz, o teu cheiro se misturava com a briza, teu colo confortavél, passados algum tempo a maré nos trouxe uma garrafa quebrada. Senti que a nossa história está como a garrafa, quebrada, porque deixamos isso morrer? Onde foi parar todo o encanto e romantismo ja escrito por nós? Espero ainda ler tua poesia meu amor, será que ainda vem de encontro a garrafa? Quem sabe um dia não nos encontremos?

                                                                                          Com saudade,
                                                                                          Uma distinta apaixonada.
|Erika Bastos



domingo, 8 de janeiro de 2012

Então me salve.

Estou prestes a largar mão de tudo e pular em um abismo sem fim. Um abismo no qual pretendo me encontrar ou me perder de vez. Me dê sua mão e me salve. Não tenho muito o que lhe oferecer em troca, tenho manchas de café em meus livros favoritos, gasto meu tempo observando a Lua e riscando traços desalinhados em um papel branco. Sou pequena demais para sua intensidade, meus problemas são pesados para seus ouvidos. Mas o meu amor, o tal do amor, esse é enorme e consegue diminuir todos os problemas e abismos e ainda nos juntar abraçados no meio de uma tempestade. O que posso lhe oferecer é tudo o que me restou, o meu amor. Passaria inúmeros domingos ao seu lado conversando sobre bobeiras e discutindo quem estava certo, para no final, as brigas começassem apenas para terminarem em beijos apaixonados. Lhe desenharia com minhas mãos tremulas e destacaria seu grande nariz. Dançaríamos na chuva como em filmes americanos, teríamos nossas iniciais gravadas em uma árvore e lhe contaria minhas teorias sobre a lua. Então apenas me dê sua mão e tente viver comigo esse mar de problemas e intensidades. Não vou lhe prometer amor eterno, isso não é uma aposta ou uma promessa, é apenas o meu sentimento que estou lhe oferecendo com o peito aberto. Felicidade também não estará presente em todos os momentos, mas a tristeza tem um lado tão bonito, não acha? Podemos superar isso. Podemos superar tudo, até o que acharmos impossível. Mergulharemos na intensidade que é o nosso amor e com vários bilhetes na geladeira, dispersaremos a dor, e da saudade não mais viveremos. Seremos felizes, serenos, me dê a sua mão e se arrisca comigo?

|Erika Bastos