segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Meu Lucas,

Posso lhe chamar assim? Gostaria de sonhar contigo, me permite? Talvez nos encontremos nas lembranças de vidas antigas, sinto que lhe conheço. Não queiras viver minha vida, minha intensidade, ela é cheia de magoas, minhas rachaduras são profundas e dolorosas, não queiras mais dor em sua caminhada meu amor. Suas palavras estão me forçando a continuar, me prometa nunca parar de me encher com seus mimos? Me faça um favor meu querido, não crie expectativa em me ver, sou apenas uma viajante pela vida que carrega dor em seus olhos. Não chego aos pés do brilho da lua, não sou perfeita meu bem, sou comum, sou uma comum distinta e distante, me traga de volta. Senti o seu abraço hoje, sem ao menos ter-lhe visto, sinto seu cheiro. Tens cheiro do mar. Acabei de sentir teus dedos quentes entrelaçados nos meus. Faça esse encontro acontecer logo Lucas, preciso de você aqui, mas em que sentido? Qual é o meu sentido por ti? Às vezes acho que estou recebendo colo de pai, às vezes mimos de namorado. Gostaria que me contasse sua idade... Mas eu tentarei lhe entender. Estou manhosa hoje meu pequeno, novamente, estou a espera de seus carinhos. Tenho a impressão de que sonhamos juntos hoje, talvez já o conheça. Não deixa essa garrafa esvaziar, ela está representando meu coração. Me traga sorrisos, me dê asas, me dê sua mão, venha, vamos caminhar juntos pela estrada da dor, vamos nos acudir e nos salvar. Ei meu amor, venha me abraçar.

- Lucas, eu quero sentir o calor de seu olhar, por onde andas?

Olhares vazios,
de uma carente distante.

|Erika Bastos

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